“Combate à violência das torcidas organizadas deve ser reforçado”, diz procurador geral de Justiça do RN

Acordo foi firmado entre o MPRN e as polícias Civil e Militar nesta segunda-feira (10). Na última sexta (7), a torcida organizada do América foi proibida de frequentar estádios por 10 jogos


O combate à violência das torcidas organizadas no Rio Grande do Norte ganhou o reforço da Polícia Civil nesta segunda-feira (10). Em reunião na sede do Ministério Público Estadual, a cúpula da Polícia Civil, do próprio MPRN e também da Polícia Militar se uniram para atuar nos jogos que são classificados pelas forças policiais como sendo de risco.
Nos últimos dias, os jogos protagonizados por clubes potiguares foram marcados por violência e agressões. A torcida organizada do América, por exemplo, atacou a Cavalaria da PM com bombas, pedras e garrafas. Após o episódio, a torcida foi proibida de frequentar estádios por 10 partidas.


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A reunião desta segunda contou com a presença do procurador geral de Justiça, Eudo Leite, da delegada geral de Polícia Civil, Ana Cláudia Saraiva, do comandante geral da PM, coronel Alarico Azevedo, dos promotores de Justiça Luiz Eduardo Marinho e Emanuel Dhayan, e de auxiliares.

“O objetivo dessa união é trazer paz aos estádios, fazer com que o torcedor comum, que apoia seu time, possa ir às praças esportivas com a devida tranquilidade. Para isso, o combate à violência das torcidas organizadas, ao mau torcedor, deve ser reforçado”, falou o procurador geral, Eudo Leite.

Nos jogos onde seja averiguado que há risco de confronto de torcidas, a Polícia Civil irá reforçar a estrutura que já dispõe para autuar os torcedores envolvidos em confusões. A PM também já antecipou que irá atuar de forma mais incisiva nessas partidas.
Suspensão

Na sexta-feira (7), o MPRN e a Polícia Militar já haviam traçado estratégias para coibir a violência de torcidas organizadas nos estádios potiguares. Na reunião, ficou definido que a torcida Ontem, Hoje e Sempre, do América Futebol Clube, está suspensa de acessar as praças esportivas nas próximas 10 partidas do time. Essa quantidade é relativa a jogos realizados no Estado, sendo o América mandante ou visitante, e por quaisquer competições que o clube participe.

A suspensão foi aplicada pela Polícia Militar e tem por base um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado junto ao MPRN e à Federação Norteriograndense de Futebol (FNF) em setembro de 2014. Uma cláusula do TAC estabelece que, caso a torcida organizada se envolva em atos de violência ou que coloquem em risco a ordem pública, serão aplicadas medidas educativas de advertência e suspensão de comparecimento aos estádios. Essa medida de suspensão pode ser aplicada de 2 a 10 jogos, tendo esta torcida do América recebido a punição máxima de acordo com termo acordado.

Além da suspensão, em acordo com o MPRN, a Polícia Militar está cobrando dos dirigentes de todas as torcidas organizadas que atualizem seus cadastros de sócios. Esse cadastro atualizado também já está previsto no TAC formado em 2014. As torcidas organizadas devem remeter à PM um cadastro de cada integrante contendo nome completo, naturalidade, filiação, RG, CPF, endereço residencial, fotografia e assinatura até esta segunda-feira (10).
Nova discussão
Uma nova reunião entre os representantes do MPRN e das Polícias Militar e Civil está marcada para esta terça-feira (11). As instituições irão se encontrar com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte para discutir o reforço do Juizado Especial em dias de jogos onde há maiores riscos de confronto entre torcidas rivais no Estado.
Fonte: Agora RN

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