Testagem por drive-thru na Arena das Dunas em foto de arquivo |
A situação da taxa de transmissibilidade (Rt) da Covid-19 no RN nesta segunda-feira, 03, apresenta um quadro desconfortável que pode levar ao aumento do número de casos da pandemia. Há 77 municípios em zona de perigo por apresentarem a taxa acima de 2. Os municípios polo regionais e de maior população apresentam maior gravidade.
Em Pau dos Ferros e São Gonçalo a taxa é de 5, ou seja, uma pessoa contaminada transmite para outras 5 pessoas. Em Caicó, onde houve aumento na incidência, a taxa de transmissibilidade chega a 1.63. Em Santa Cruz, na região Trairi, a transmissibilidade é de 1.08. Em Mossoró, atinge 1.25 e em Natal é de 1, mas municípios vizinhos – além de São Gonçalo, já citado – como Parnamirim e Macaíba também têm taxas preocupantes – 1.21 e 1.24, respectivamente. Outros 55 municípios têm taxa entre 1 e 2, que representam grande risco.
A taxa é uma das maneiras de medir a propagação de uma epidemia e de projetar futuros cenários. A estatística mostra quantas pessoas um paciente infectado é capaz de contaminar. Pesquisadores afirmam que um R acima de 1 ainda é preocupante: se uma pessoa ainda contamina pelo menos uma outra, o número de casos tende a crescer exponencialmente.
“A pandemia não passou. Por isso fazemos mais uma vez o chamamento para todos mantermos as medidas de precaução. Não é hora de relaxar, mas de reforçar os cuidados. As medidas protetivas precisam ser mantidas pela população, pelos empresários e pelos municípios. O Governo continua disponível para apoiar as prefeituras nas ações locais de proteção e assistência à população”, afirmou Alessandra Luchesi, Subcoordenadora de vigilância sanitária da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) na coletiva de imprensa desta segunda-feira, 03, para apresentação da atualização dos dados epidemiológicos e das ações da administração estadual no enfrentamento à pandemia.
O Secretário de Estado de Gestão de Projetos e Metas, coordenador do Programa Governo Cidadão e do Pacto Pela Vida, Fernando Mineiro disse na ocasião que os índices positivos, como a queda na taxa ocupação de leitos, agora se fazem acompanhar do aumento na taxa de transmissão. “Isso é muito preocupante por que tem relação com a disseminação da doença e novos casos”.
Ele ressaltou o forte trabalho da gestão estadual na estruturação de novos leitos, no monitoramento das ocorrências, fiscalização do cumprimento das medidas protetivas e parcerias com os municípios, que pode ficar comprometido com o efeito das aglomerações. “As consequências das aglomerações aparecem nos 15 dias seguintes aos dias nos quais elas ocorreram. Apelamos, mais uma vez, porque saímos da tendência de queda para a estabilização. A situação hoje é preocupante e exige vigilância e comprometimento das pessoas, dos empresários e de todos de modo geral. Ninguém está isento de contrair a Covid ou de ser transmissor do vírus. A transmissibilidade cresce e em vários municípios é muito alta”, afirmou.
Dados
Os dados epidemiológicos da Sesap mostram que hoje há 429 pessoas internadas, sendo 225 em leitos críticos e 204 em leitos clínicos. A fila de regulação tem 6 pacientes aguardando transporte sanitário. A taxa geral de ocupação de leitos é de 64%. Nas regionais o quadro é o seguinte:
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