O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,695 bilhões no 4º trimestre de 2020 –aumento de 6,1% em relação ao 3º trimestre e queda de 20,1% em relação a igual período de 2019. Os valores constam no balanço divulgado nessa 5ª feira (11.fev.2021) pelo banco. No ano, o ganho total foi de R$ 13,884 bilhões, queda de 22,2% ante a 2019.
“O Banco do Brasil finalizou 2020 mais preparado para continuar crescendo em seus negócios neste ano. Mesmo com as dificuldades da pandemia, atravessamos esse período com crescimento de 9% na carteira de crédito. Estivemos junto de nossos clientes pessoas físicas e empresas nos momentos em que mais precisaram do nosso apoio”, disse André Brandão, presidente do BB.
“Tivemos forte atuação na liberação de recursos emergenciais, como o Pronampe e Peac Maquininhas, que contribuíram para que a manutenção das atividades dos clientes e serão importantes para a retomada da economia.”
A MFB (margem financeira bruta) totalizou R$ 14,2 bilhões no 4º trimestre. Em 2020, a margem foi de R$ 56,7 bilhões, justificada pela redução de 30,1% nas despesas com captação, redução de 7,3% da receita com operações de crédito e de 16,8% do resultado de tesouraria.
As receitas de prestação de serviços somaram R$ 7,4 bilhões no 4º trimestre, crescimento de 1,5% em relação ao 3º trimestre. Em 2020, as receitas de prestação de serviços chegaram a R$ 28,7 bilhões, queda de 1,7% na comparação com 2019. A retração se deu principalmente pela redução das taxas associadas a conta corrente e operações de crédito.
A carteira de crédito ampliada, que inclui, além da carteira interna, TVM privados e garantias, somou R$ 742 bilhões em dezembro de 2020. A carteira de pessoa física cresceu 3%, principalmente devido à performance positiva no crédito consignado e no cartão de crédito. Na carteira de pessoa jurídica, o banco destaca o crescimento das operações com micro, pequenas e médias empresas (11,1%).
No agronegócio, destaque para o crédito rural, com crescimento de 2,7% no período. Tiveram retração no período o crédito agroindustrial (-29,1%) e a comercialização agropecuária (-31%).
As PDD (despesas líquidas de provisões de crédito) somaram R$ 5,157 bilhões no 4º trimestre, queda de 6,4% no trimestre e alta de 46,3% em um ano.
O saldo das operações ativas de crédito prorrogadas totalizou R$ 130,1 bilhões em dezembro de 2020, o que representa 20,0% da carteira de crédito interna, distribuídos em mais de 3 milhões de operações. Desse montante, 94,7% das operações possuem rating de AA a C, e 98,1% das transações não tinham histórico de atraso nos últimos 12 meses.
Além disso, 62,6% estão atreladas a garantias e mitigadores. O tempo médio de relacionamento dos clientes que prorrogaram operações é de 17,1 anos.
O índice de inadimplência do BB de mais de 90 dias mostrou redução e alcançou 1,90% –era de 2,43% no 3º trimestre. No final de 2019, estava em 3,27%. A redução da inadimplência no trimestre foi influenciada pelo crescimento da carteira de crédito e pela renegociação.
PROJEÇÕES PARA 2021
O BB prevê lucro líquido de R$ 16 bilhões a R$ 19 bilhões em 2021, em termos ajustados. O número representa crescimento de pelo menos 15,2% em relação ao resultado de R$ 13,884 bilhões obtido em 2020.
O banco acredita que a melhora virá principalmente de um menor volume de despesas com PDD (provisões contra perdas no crédito). A estimativa do banco é que elas voltem à normalidade. O banco também espera aumento de 2,5% a 6,5% na margem financeira bruta.
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