Foto: Alex Régis
Sem políticas públicas amplas de inclusão digital e assistência para as famílias, 160 mil crianças e adolescentes potiguares tiveram negado seu direito de acesso à educação em 2020. O número representa 24,9% da população potiguar entre 4 e 17 anos. Trata-se de um crescimento expressivo em relação a 2019, no período anterior à pandemia do coronavírus, quando esse índice era de 1,7%, ou 11,9 mil crianças e adolescentes. A exclusão escolar cresceu cerca de 14 vezes no RN entre 2019 e 2020.
A eles, somam-se 5 milhões de estudantes de outros estados do Brasil na mesma situação, aponta o estudo “Cenário da Exclusão Escolar no Brasil – um alerta sobre os impactos da pandemia da Covid-19 na Educação”, lançado no fim de abril pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef).
O estudo utilizou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e tomou como base o mês de novembro de 2020 – nove meses após o começo da pandemia no país e o fechamento das escolas. De acordo com os dados, 1,5 milhão de crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos de idade não frequentaram a escola remota ou presencialmente durante aquele mês, e outros 3,7 milhões estavam matriculados, mas não tiveram acesso a atividades escolares.
As regiões Norte e Nordeste lideram os índices. Enquanto o Norte teve 28,4% dos estudantes excluídos, a região Nordeste registrou 18,3% de meninos e meninas nessa situação. O RN supera a média da região e só perde para a Bahia (30,7%) em termos de exclusão no acesso à educação. Veja a matéria completa na Tribuna do Norte.
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