Prefeitos estimam impacto de R$ 4,8 bi com reajuste do salário mínimo

 

Foto: MARCELLO CASAL JRAGÊNCIA BRASIL


De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de aumentar o salário mínimo para R$ 1.320 em maio deste ano terá um custo de R$ 4,8 bilhões para os cofres das prefeituras brasileiras em 2023. O valor do salário mínimo em vigor desde 1º de janeiro é de R$ 1.302 e o novo valor representa um aumento de R$ 18. Esse aumento totaliza um acréscimo de R$ 108 (8,9%) em relação ao valor de R$ 1.212 pago no ano passado. A CNM levou em conta um salário mínimo de R$ 1.302 até abril e de R$ 1.320 de maio a dezembro deste ano.

A CNM afirma que as cidades de menor porte serão as mais afetadas pelo aumento do salário mínimo, já que muitos dos funcionários dessas cidades possuem remunerações próximas ao valor do salário mínimo. Isso implicará em um aumento do gasto de pessoal decorrente do reajuste. Cerca de 2,3 milhões de ocupações na esfera municipal recebem remuneração de até um salário mínimo e meio, de acordo com estimativas da CNM. Esses trabalhadores devem ser contemplados com o reajuste, já que suas remunerações estão vinculadas ao valor do salário mínimo.

O salário mínimo nacional é aplicável a todos os trabalhadores, tanto do setor público quanto privado, bem como para aposentadorias e pensões. Apesar de o reajuste ter um impacto maior nos municípios menores, a medida deve beneficiar milhões de trabalhadores em todo o país. O aumento do salário mínimo também é uma forma de aquecer a economia, já que os trabalhadores que recebem essa remuneração costumam gastar a maior parte de seus rendimentos.

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